terça-feira, 1 de setembro de 2009

Retrato de um passado ou personificação da Morte.

Ao que me parece está começando de novo.A ânsia que vem do ímpeto,a gastrite cardíaca,o nojo ocular e do tempo.Não deveria me atrever a escrever tão cruelmente sobre algo que deveria representar poesia,afinal,existe sentimento mais poético que a dor?O desamor?Receio que haja a Morte,frenética e charmosa dona dos pensamentos mais sublimes e macabros (morte macabra...soa um tanto redundante,não?nemumpoucobonito.)

Estive pensando quanto a cor e o cheiro desse papel virtual em que escrevo.Não que ele exale algo,mas já é de se imaginar que alguém que ama palavras,como eu,se entregue à sinestesia.
O cheiro da dor.O cheiro do desamor.O cheiro do ralo (me parecem tem esquecido do cheiro da Morte.Mas há quem se lembre.)

E por incrível que pareça o cheiro tem um lugar.O grandioso amassado de cimento que me afasta da boca do bueiro é tão próximo que ás vezes minhas pernas tremem.Este enorme cinza que barra o meu vermelho (que acaba por se reproduzir aqui.)Vermelho da terra que sustenta meu campos,todos,os gerais.(ou seria terra roxa?).
E tem o preto do barulho,da sua proteção e locomoção,oh Morte!

E chega de mansinho dessa vez...na madrugada embaça meus olhos e eu sei que está por perto.Muito mais que perto.Dentro de mim.Mais precisamente ao lado do canto que solta o fedor da dor e do medo.

Eu só não quero sair da linha,senhora (or) Morte.

2 comentários: