No início me parecia amargo.Aquele gosto me cortava a lingua e eriçava meus pêlos.Após a primeira mordida pude notar um sabor mais azedo,como se embebido em limão.Pus-me a mastigar como quem mastiga a presa mais desejada.Durante as mordidas me libertava do que prende,mas me entregava ao que envolve ainda mais.Sentia nas costas (mesmo estando o alimento na boca)
a insustentável leveza do ser;o peso do sentir.O pesar.O arrepender-se.O entregar-se.
Com a boca inundada em saliva enguli aquele pobre pedaço,agora já um tanto quanto desfigurado,deixando-o à cargo dos orgãos que se escondem por detrás da epiderme.E foi somente neste momento,durante o ato de engulir,é que pude notar e apreciar seu real sabor.
Era incrivelmente doce.Me parecia mel,ou talvez um bolo ou brigadeiro.Tinha textura de balas coloridas;de todas as cores.Em especial as vermelhas.
Ahh!Como eram doces aqueles deletérios...
Bem vinda ao clube.
ResponderExcluirAliás, bem vinda nada!
A esse você já pertencia há muito tempo, ninguém começa do zero com palavras como estas.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirvocê é uma escritora, mineira!
ResponderExcluirEstamos todos esperando apreensivos pelos próximos *-*
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