segunda-feira, 15 de junho de 2009

Pequena montagem de pseudo autora

Os dentes não mentiam.Ela estava feliz.Pareciam dançar em sua boca,assim como as palvras se montavam e se remontavam em sua mente.Formavam textos,músicas,frases....se uniam em onomatopéias se preciso.O seu grande quadro negro passava 20 minutos repleto de cores.
De dentro daquele ônibus,todos os dias,via a vida.Sentia o cheiro do sexo,do riso,do choro,do rock,do samba.Sentia o gosto da chuva lenta e garoada que escorria pelo vidro sujo.Água ácida.
Olhava pra cima,com a esperança de enxergar algumas estrelas.Mas em grandes cidades como esta não se custuma ter esse prazer.Volta os olhos então para o chão,seguindo os desenhos que o asfalto faz pela cidade.
Olha tudo com um ar ligeiramente disléxico.Banhado à sinestesia.

Um comentário:

  1. Eu amo dentes. E amo sinestesias. Hoje, especialmente, você me fez apreciar a dislexia também.

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